Ruídos excessivos são um dos fatores ambientais que podem afetar diretamente o bebê
Mulheres grávidas podem trabalhar até o último mês de gestação e, para isso, precisam ter atenção redobrada aos cuidados de saúde e segurança no trabalho. É que determinados agentes no ambiente de trabalho podem prejudicar a formação do bebê ou acarretar alguns problemas na criança. A excessiva exposição ao ruído é um exemplo desses agentes, que devem ser bem analisados, tanto pelos empresários quanto pelas colaboradoras, para determinar limites a essas exposições.
De acordo com a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO), a mulher grávida, a partir da 20ª ou 22ª semana de gestação, deve retirar-se do ambiente com ruído acima de 80 decibéis (dB), considerado excessivo pela SEGO. Segundo a instituição, nesse período da gravidez, o ouvido do feto já pode ser lesionado.
Outra informação importante vem do Instituto Nacional de Segurança e Higiene no Trabalho (INSHT), que orienta não expor trabalhadoras gestantes acima de um nível equivalente a 85 dBA (variação de decibel que reproduz a sensibilidade do ouvido humano), pois os protetores auditivos podem até reduzir a dose recebida pela trabalhadora, porém não reduzem a exposição do feto aos ruídos.
Segundo a Associação Mútua de Acidentes de Trabalho (AMAT), um dos riscos para os fetos é a surdez neurossensorial irreversível. Partindo dos estudos apontados, a Associação recomenda jornada de trabalho inferior a oito horas às mulheres grávidas expostas a ruídos a partir de 80 dB.
Fonte: Jornal Segurito – Edição de dezembro: http://www.jornalsegurito.com/